Quarta, 23 de Julho de 2025

Tocantins avança no controle ambiental e aposta no JREDD+ para frear queimadas e fortalecer comunidades tradicionais

Com redução no desmatamento e ações integradas contra o fogo, Tocantins aposta no JREDD+ para promover justiça climática e valorizar comunidades

foto: Luiz Henrique Machado/Governo do Tocantins
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Semarh Imprensa

22 julho, 2025 às 17:43

O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), reforça o protagonismo das atividades itinerantes de esclarecimento do Programa Jurisdicional REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), como uma resposta estratégica ao aumento da degradação ambiental causada pelo fogo, especialmente no período seco que se intensifica entre julho e setembro. Dados recentes do boletim do Centro de Inteligência Geográfica em Gestão do Meio Ambiente (CIGMA), núcleo técnico da Semarh, revelam uma queda expressiva de 23,5% no desmatamento no Estado entre janeiro e maio de 2025, comparado ao mesmo período do ano anterior.

No entanto, apesar da redução no corte de vegetação, a degradação por queimadas — que cresceu 163% na Amazônia, segundo estudo publicado na revista Global Change Biology levanta o questionamento acerca  dos riscos de retrocessos se o fogo não for combatido com gestão estratégica. “Estamos em um momento decisivo para o Tocantins. Reduzimos o desmatamento, mas o risco de degradação por queimadas exige vigilância redobrada. O JREDD+ é nossa principal ferramenta para unir tecnologia, prevenção e valorização das comunidades que protegem o Cerrado. Com ele, transformamos desafios ambientais em oportunidades sustentáveis e socialmente justas”, afirmou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcello Lelis.

Saberes

Nesse contexto, o Tocantins amplia as frentes de atuação do JREDD+ investindo em monitoramento de focos de calor, formação de brigadistas, apoio ao Corpo de Bombeiros e criação de salas de situação interinstitucionais. O programa também valoriza saberes tradicionais e a bioeconomia, como evidenciado nas oficinas realizadas em comunidades indígenas e quilombolas, que debateram o uso sustentável dos recursos do Cerrado e a geração de renda local por meio de extrativismo, artesanato e conhecimento ancestral. As ações contam com salvaguardas socioambientais e geram créditos de carbono, que serão reinvestidos no próprio território  fortalecendo a proteção ambiental e a justiça climática.